terça-feira, 29 de junho de 2010

casa nova

Acabamos de nos mudar para um novo endereço. Esperamos sua visita!

domingo, 27 de junho de 2010

Pagar com tempo



tradução de Janaína Marcoantonio
leia aqui o artigo original em espanhol

Os bancos do tempo são um sistema de intercâmbio de serviços por tempo
Converteram-se em uma via para a integração social dos imigrantes
“Se preciso ir ao médico, mas não tenho com quem deixar meu filho, chamo as usuárias do tempo”

Sua persiana quebrou ou você acabou de chegar à Espanha e precisa praticar o idioma. A solução costuma custar dinheiro, mas há quem economize euros pagando com horas. Os bancos do tempo não são um fenômeno novo. De fato, têm-se espalhado por toda a geografia espanhola. O mecanismo é muito simples: uma pessoa oferece para ensinar alguma habilidade ou resolver um problema e, em troca, os outros a ajudam em algo que necessite. A gestão é a de um banco convencional, só que sem euros. O usuário abre uma conta corrente de tempo, à qual vai somando ou subtraindo horas em função dos serviços que dê ou receba. A forma de pagamento é um cheque por cada hora de trabalho.

Gloria Córdoba se oferece como acompanhante para visitas ao médico, para o cuidado dos filhos, para dar aulas de informática e para resolver assuntos domésticos em geral, como trocar uma lâmpada ou mover uma estante. Entrou no Banco do Tempo do Centro Europeu de Estudos sobre Fluxos Migratórios (Cemigras) de Las Palmas há seis meses. “Se tenho que sair para ir ao banco ou ao médico durante duas ou três horas, mas não tenho com quem deixar meu filho, chamo as usuárias do tempo. Agora estou tramitando o certificado de invalidez de meu filho e estava enrolada com os documentos que precisava apresentar, pedi ajuda e estão me assessorando com a documentação.” Glória é colombiana e chegou à Espanha há quase dois anos.

Além de lhe oferecer esses serviços, o Banco a tem ajudado em sua integração. “Aqui na Europa, as relações com o vizinho não são como no meu país, em que você faz amizade com a pessoa ao lado. Aqui é mais formal. O Banco me ajuda a conhecer gente. Não só outras colombianas, também há peruanas, bolivianas, chilenas, brasileiras, tem gente de toda a parte.” Noventa por cento dos usuários do Banco do Cemigras são estrangeiros.

“É uma via para a integração social, porque temos em um mesmo balaio espanhóis e imigrantes. Empenhamo-nos para que haja diversidade. Com o Banco, temos disponível um observatório privilegiado para conhecer os problemas daqueles que vêm de fora”, conta Manuel Ferrer, coordenador geral do Centro Europeu de Estudos sobre Fluxos Migratórios (Cemigras). Lá, os serviços mais solicitados são os relacionados com o aprendizado de informática, culinária e idiomas. “Isso é algo pontual. Não se trata de um curso intensivo, e sim de classes pontuais ao filho antes de uma prova, imigrantes que querem praticar espanhol de vez em quando ou gente que quer viajar para o exterior e pode se beneficiar com uma aula de inglês, por exemplo.”

O Banco do Tempo de Cemigras ainda é jovem. Nasceu no verão do ano passado e tem 50 usuários. Mas há também bancos veteranos, como a Associação de Saúde e Família, que começou a trabalhar em 1998 e já conta com uma rede de bancos por toda a Espanha. “Quando começou, o perfil era de mulheres de meia idade que solicitavam serviços domésticos, mas hoje 35% são homens, e há um setor de estudantes universitários que está entrando em massa. São gente jovem que participa de plataformas a favor do decrescimento ou que trabalha em temas de meio ambiente e consumo responsável. O perfil se ampliou, assim como os campos de ação”, assegura Josefina Altés, coordenadora da rede de Bancos do Tempo dessa organização.

O intercâmbio de serviços atravessou fronteiras. “A incorporação das novas tecnologias e a capacidade de nos conectarmos com outros países aumenta a variedade de nossos intercâmbios. Temos um convênio de colaboração com uma rede italiana. Se um usuário diz que precisa ir a Milão, alguém do banco de lá pode lhe oferecer alojamento. Esse usuário italiano depois pode vir a Barcelona e ficar na casa de um usuário do banco do tempo daqui, ou então lhe dão seis horas de tempo no banco da Itália por ter recebido essa pessoa em sua casa”, conta Atlés.

Elisabeth Casanova tem problemas de visão e participa do banco há seis anos. Ela “compra” leitura. “Vejo muito borrado. Posso andar sozinha pela rua ou atravessar um semáforo, mas ler é muito difícil para mim. Por isso, peço que venham ler alguns artigos ou documentos. Uma vez, fiquei hospitalizada, e quando saí pedi alguém para buscar meus remédios; outra vez consertaram a porta de um móvel que caiu e uma luminária que tinha uma lâmpada queimada”. Tarefas domésticas que para Elisabeth demandavam muito esforço.

Os serviços mais solicitados dependem da zona em que esteja o banco do tempo. Os bairros com altos índices de população imigrante costumam ter muita demanda de prática de espanhol ou conhecimento dos arredores. “Para os imigrantes, é um ponto de referência, em que recebem, mas também dão muito. Além do resto dos serviços, eles ensinam seu idioma, seus costumes ou a cozinhar, entre outras coisas. É mais uma parte do processo de inclusão social”, afirma Josefina Altés. Não há desculpas, aprender a fazer cuscuz é questão de tempo.

Exemplo de um modelo de cheque de tempo (ONG Azuopolis)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Lançamento - Lua Azul

Novo livro da série Os Imortais é lançado pela Editora Intrínseca, com tradução de Flavia Souto Maior. Em breve, lançaremos mais uma promoção. Acompanhem!

Matéria publicada hoje na Folha de São Paulo:

Segundo volume de "Os Imortais" ganha tradução em português

Segundo volume da série "Os Imortais", "Lua Azul" chega às livrarias brasileiras.

A história, iniciada com "Para Sempre", acompanha a vida de Ever, uma adolescente normal e popular que tem a vida transformada após o acidente de carro que matou sua família.

Única sobrevivente, foi obrigada a morar com uma tia e torna-se reclusa após perceber que pode ler os pensamentos das pessoas e ver suas auras. Sua vida melhora quando conhece Damen, única pessoa que tem os pensamentos bloqueados. leia mais




Lua Azul - Série Os Imortais (Vol.2)

Autora: ALYSON NOËL
Tradutora: FLÁVIA SOUTO MAIOR
Editora: INTRÍNSECA
Assunto: LITERATURA INFANTO-JUVENIL

Ever é agora uma imortal. Iniciada nesse mundo desconhecido e sedutor por seu eterno amado, Damen, está empenhada em conhecer e dominar suas novas habilidades, mas algo terrível começa a acontecer. Acometido por uma doença misteriosa que ameaça, inclusive, sua memória, Damen não percebe que seus poderes se estão esvaindo – enquanto Ever se sente cada vez mais forte.

Desesperada para salvá-lo, ela viaja até a dimensão mística de Summerland, onde não apenas toma conhecimento da misteriosa história de Damen, brutal e torturante, mas também tem acesso aos segredos que regem o Tempo.

Com a lua azul que se aproxima, anunciando uma oportunidade única de se projetar para o passado ou para o futuro, Ever é forçada a decidir entre voltar no tempo e impedir o acidente que tirou a vida de toda a sua família ou ficar no presente e salvar Damen, que parece definhar a cada dia.

(fonte: Editora Intrínseca)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sem exorcizar a língua materna

Matéria de Maurice Claypole publicada no The Guardian Weekly fala sobre o lugar da tradução no ensino da língua inglesa para estudantes estrangeiros.

Learners are getting lost without translation skills

The drive to banish learners' mother tongues from classrooms denies them the vital skill of negotiating meaning between two languages, which is why translation needs to come in from the cold leia mais

(via @tradsouza no twitter)

Prêmio Novos Tradutores

Confira os ganahdores aqui.

O Prêmio Novos Tradutores foi outorgado pela Universidade Gama Filho (Rio de Janeiro) para as três categorias a seguir:

Tradução do Inglês: Tradução do conto "Hermann The Irascible", de Saki, para a língua portuguesa falada e escrita no Brasil.

Tradução do Espanhol: Tradução do conto "Darle vueltas a una ceiba", de Guillermo Cabrera Infante, para a língua portuguesa falada e escrita no Brasil.

Tradução do Italiano: Tradução do conto "Una goccia", de Dino Buzzati, para a língua portuguesa falada e escrita no Brasil.
Concorreram ao prêmio alunos formandos do último período de Letras e formados em Letras ou em outras áreas, que nunca tivessem publicado uma tradução.

A importância das oficinas de escritores

Texto de Roberto Taddei publicado no site Cronópios. O post já tem um par de meses, mas a proposta continua válida.

Pelo ensino da criação literária no Brasil

Até o início do século passado, o aspirante a escritor que quisesse aprofundar-se na arte tinha poucas opções além da leitura dos clássicos da literatura mundial. Seria necessário, portanto, que boas traduções desses clássicos estivessem disponíveis na biblioteca pública mais próxima e que ao ler os referidos livros, o aspirante fosse astuto o suficiente para entender como se escreve um livro. Mal comparando, seria o mesmo que aprender a ser arquiteto apenas observando prédios, plantas e maquetes – o que não é impossível, embora esteja longe de recomendável. leia mais